Dois estilos, uma mesma ferramenta
A ascensão da IA como assistente de programação trouxe novas possibilidades para desenvolvedores de todos os níveis.
Mas o modo como ela é utilizada varia bastante — especialmente entre profissionais experientes e aqueles que adotam o vibe coding.
Ambos podem se beneficiar, mas com abordagens bem distintas.
IA como Pair Programming para profissionais experientes
Para quem já domina os fundamentos e tem bagagem técnica, a IA se torna um par programador altamente produtivo:
- Validação de ideias: ajuda a testar hipóteses rapidamente, sugerindo alternativas ou confirmando abordagens.
- Aceleração de tarefas repetitivas: geração de boilerplate, testes, documentação, etc.
- Exploração de novas tecnologias: permite experimentar frameworks, bibliotecas ou padrões sem precisar ler toda a documentação.
- Refinamento de código: atua como revisor, sugerindo melhorias de performance, legibilidade ou segurança.
Nesse contexto, o profissional não delega o raciocínio à IA — ele a guia, questiona e refina.
É uma colaboração técnica, onde a IA potencializa a experiência.
Vibe Coding: criatividade com apoio da IA
Já o vibe coding é mais intuitivo e exploratório. É comum entre iniciantes ou criadores que querem "ver no que dá":
- Geração de código sem entender a fundo: o foco está no resultado, não na arquitetura.
- Experimentação rápida: a IA propõe soluções que são testadas na hora, sem muita análise.
- Menos preocupação com boas práticas: o código funciona, e isso basta — pelo menos no início.
Embora possa ser divertido e útil para prototipagem, o risco é criar soluções frágeis ou difíceis de manter.
Sem uma base sólida, o desenvolvedor pode se tornar dependente da IA, sem entender o que está sendo feito.
Convergência possível
É possível combinar os dois mundos.
Usar a IA para acelerar e inspirar, mas com consciência técnica e não esquecer que a IA é uma ferramenta, não um substituto de raciocínio.
